Consultoria Tributaria

Como um Cartão Roxo mudou o rumo do setor bancário no Brasil

 

Um Banco que nasceu com o desejo de ser o “anti-banco”, se transformou no maior banco digital independente do mundo.


O Nubank cresce em valor e base de clientes de forma excepcional, são mais de 34 milhões de clientes no Brasil e o banco digital passou a atuar no México e na Colômbia. 

Desde o início, foi um tipo diferente de banco. O Nubank definiu como prioridade – o cliente. Estabeleceu como propósito – resolver um problema real.

O insight vem a partir de David Vélez, co-founder e CEO do Nubank, ter ficado duas horas em uma agência bancária, tentando abrir uma conta. Que levou mais cinco meses para ser aberta. 

A visão de negócios de Vélez começou cedo, seu primeiro trabalho foi aos três anos, separando botões na fábrica de jeans do seu tio, na Colômbia. Com mais idade, aos doze anos, ele comprou uma vaca com o dinheiro que economizou em aniversários e empregos de verão. Essa primeira vaca, se transformou em mais seis vacas, que um tempo depois foram vendidas. E o dinheiro ajudou a pagar parte da mensalidade de graduação em Stanford.

Vélez tem algo em comum com Seth Godin, um dos principais nomes do marketing, liderança e empreendedorismo da atualidade –  a Vaca ser Roxa. E o contexto e conceito no Nubank, que se relaciona com a analogia do livro.

Um mercado tradicional com poucas ofertas e muita demanda, onde o serviço prestado é caro e ineficiente para os clientes, certamente, oferece o cenário perfeito para o Nubank, crescer e ganhar share rapidamente.

Segundo Vélez, “Havia uma tonelada de razões pelas quais era tão difícil. E é exatamente por isso que fiquei animado. Não queria abrir uma empresa e vendê-la em três anos. Eu me perguntei: qual é o setor mais difícil de lidar na América Latina? E a resposta era óbvia: banco.”


A visão do co-founder do Nubank, sobre quem está iniciando um negócio é muito interessante: Faça algo que a maioria das pessoas acha difícil. Quando você diz a alguém o que está começando, a reação dela deve ser: “Tem certeza que quer fazer isso? Isso é muito difícil.” 

Se você tentar algo fácil, cinco outras empresas farão a mesma coisa dois meses depois. Mas se você tentar algo que é difícil no início, tudo fica muito mais fácil assim que você supera os desafios iniciais. 

A competição será menor, porque todo mundo achou que era muito difícil. Recrutar pessoas boas será mais fácil, porque pessoas boas gostam de fazer coisas difíceis. E quando você tem pessoas melhores e menos concorrência, levantar capital também fica mais fácil.”

O que se comprova com as rodadas de investimento do Nubank, que não param de surpreender. São mais de US $1,2 bilhão em 7 rodadas de investimentos, desde a sua fundação em 2013. Alguns dos maiores fundos de investimento do mundo, já fizeram aportes no Nubank:  Sequoia Capital, Kaszek Ventures, QED Investors, Redpoint Ventures, Founders Fund, Dragoneer Investment Group, Tiger Global Management, Tencent, DST Global, Ribbit Capital e Thrive Capital.  

Considerado uma das 5 instituições financeiras mais valiosas da América Latina, o Nubank tem em suas aquisições: a Cognitect, empresa de tecnologia dos Estados Unidos, a Plataformatec, especializada em consultoria de tecnologia e metodologia ágil e a Easynvest, considerada uma das maiores corretoras independente de investimento digital.


Até hoje, de acordo com o Nubank, já foram economizados mais de R$16 bilhões em tarifas, que os clientes da fintech não precisaram pagar para os bancos tradicionais.

O primeiro lançamento da fintech foi um cartão de crédito “roxinho” gratuito sem taxas ou anuidades.

E como o banco digital visa dar às pessoas o controle sobre a sua vida financeira, através de uma aplicativo móvel, o Nubank disponibiliza vários serviços. Entre os quais estão: conta digital gratuita, com transferências sem custos para qualquer banco e rendimento maior do que a poupança; conta MEI sem tarifas de manutenção; cartão com a função débito e cartão de crédito internacional sem anuidade; empréstimo pessoal; empréstimo com portabilidade e seguro de vida.

Uma nova modalidade de cartão de crédito foi adotada recentemente pela fintech, para atender pessoas com problemas de restrição e dificuldade em obter linhas de crédito. Inspirado em modelos americanos, esse cartão funciona como uma espécie de cartão pré-pago, o valor depositado se transforma no limite do cartão.


Algumas perguntas são frequentes: como o Nubank consegue oferecer tarifas gratuitas? E como ganha dinheiro?


Como uma fintech, do inglês “financial technology”, ou “tecnologia financeira”, é justamente na tecnologia que reside uma das maiores economias do Nubank. Ao usar canais 100% digitais, é possível reduzir não só burocracia e papelada, mas principalmente, os custos. Essa economia, permite a isenção de taxas para os clientes.


Quando o cliente realiza compra com o cartão, o banco digital recebe do estabelecimento, através da bandeira Mastercard, um percentual desse valor. Além disso, se a pessoa escolhe financiar parte ou o total do valor da fatura do cartão de crédito, o Nubank recebe os juros, mesmo que abaixo do mercado, sobre o valor que foi financiado. O programa de benefícios Nubank Rewards, tem uma taxa de adesão, que também é uma das formas de arrecadação. 


Existe muito espaço para inovar e crescer no setor bancário brasileiro. E com certeza, os bancos tradicionais, vão ficar cada vez mais digitais, porque o mundo está mais digital. Entretanto, o Nubank nasceu digital, enquanto um banco tradicional estará “X” vezes melhor daqui a 3 anos, a fintech naturalmente, deve estar “XX” vezes melhor.

A cor Roxa do Nubank

Velez disse ao Rest of World: “Nubank optou por deixar seus cartões de débito e crédito roxos porque quer ser “o mais anti-bancário possível”. “Algumas pessoas absolutamente odiavam ... algumas pessoas absolutamente adoravam, mas ninguém ignorava.” 



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